Mais da metade da população brasileira não sabe responder o
que é a doença glaucoma.
E um a cada três brasileiros com mais de 16 anos de
idade nunca foi ao oftalmologista.
O Glaucoma não tem cura, mas pode ser tratada e evitar a perda da visão desde que seja descoberta o quanto antes.
Glaucoma é
uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular
que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual.
Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira.
Há vários
tipos de glaucoma. O glaucoma crônico simples ou glaucoma de ângulo aberto, que
representa mais ou menos 80% dos casos, incide nas pessoas acima de 40 anos e
pode ser assintomático. Ele é causado por uma alteração anatômica na região do
ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a
pressão intraocular.
A principal
característica do glaucoma de ângulo fechado é o aumento súbito de pressão
intraocular. O glaucoma congênito (forma mais rara) acomete os recém-nascidos e
o glaucoma secundário que é decorrente de enfermidades como diabetes, uveítes,
cataratas, etc.
Sintomas
Glaucoma é
uma doença assintomática no início. A perda visual só ocorre em fases mais
avançadas e compromete primeiro a visão periférica. Depois, o campo visual vai
estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. Sem tratamento,
o paciente fica cego.
De modo
geral, a doença aparece com mais frequência a partir dos 40 anos, mas pode
ocorrer em qualquer faixa de idade, dependendo da causa que provocou a pressão
intra-ocular mais elevada.
Glaucoma de ângulo aberto
Muitas pessoas NÃO apresentam sintomas até o início da perda
da visão
Perda gradual da visão periférica (lateral também denominada
visão de túnel)
Glaucoma de ângulo fechado
Os sintomas podem ser intermitentes no início ou piorarem
prontamente
Dor grave e súbita em um olho
Visão diminuída ou embaçada
Náusea e vômito
Halos coloridos ao redor das luzes
Olhos vermelhos
Olhos de aparência inchada
Glaucoma congênito
Os sintomas costumam ser notados quando a criança tem alguns
meses de vida
Nebulosidade na parte frontal do olho
Aumento de um olho ou de ambos os olhos
Olho vermelho
Sensibilidade à luz
Lacrimação
Diagnóstico
De modo
geral, dois sinais merecem a atenção: pressão intra-ocular acima da média e
alterações no nervo ótico, perceptíveis no exame de fundo de olho. Outros
fatores podem ajudar a confirmar o diagnóstico.
São
pacientes de risco os negros que têm maior propensão a desenvolver pressão
alta, pessoas com mais de 35 anos e os portadores de diabetes. O histórico
familiar também é importante para o diagnóstico, pois cerca de 6% das pessoas
com glaucoma já tiveram outro caso na família.
Tratamento
Inicialmente,
o tratamento é clínico e à base de colírios. Existem drogas por via oral que só
são usadas em casos emergenciais.
Alguns tipos
de glaucoma estão associados a distúrbios que requerem tratamento específico.
Cessada a causa, a pressão intra-ocular regride e o problema visual desaparece.
Portanto, a medicação oftalmológica é usada por prazo curto enquanto se trata a
outra doença que provocou o glaucoma, por exemplo, diabetes.
O glaucoma
crônico – tipo mais comum da doença – exige o uso constante de colírios pela
vida inteira, porque não tem cura. Como pode ser controlado por meio de
medicação, cirurgia ou raio laser, o paciente precisa ser mantido sob controle
ininterruptamente.
Tratamento
inadequado ou falta de tratamento podem levar à cegueira.
Recomendações
* Consulte
com regularidade o oftalmologista, principalmente a partir dos 35 anos. O
diagnóstico precoce do glaucoma é fundamental para o controle da doença;
* Não se
descuide da adesão ao tratamento. Muitas pessoas deixam de seguir as
recomendações do médico, primeiro pela ausência de sintomas, depois, porque os
medicamentos são muito caros. Esse descuido pode ter graves conseqüências.