sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Comissão de Saúde Questiona Hospital Santa Lydia

                 A Fundação Hospital Santa Lydia foi criada em 2010, na ocasião a Câmara Municipal fez um repasse de R$ 5 milhões para sanar dívidas.
                 Na ocasião a Fundação assumiu o compromisso que no mínimo 60% do atendimento seria priorizado ao SUS  e também firmaria convênio com o IAMSPE, atendendo assim o funcionalismo público estadual. Esse mesmo funcionalismo conta hoje somente com o Hospital Santa Lydia para casos de emergência, urgência e internação, porem foi noticiado que o hospital teria solicitado o descredenciamento ao IAMSPE, causando preocupação a todos que dependem deste atendimento.  

                Assim sendo, o Vereador Dr. Jorge Parada como Presidente da  Comissão Permanente da Seguridade Social, Saúde e Assistência Social,  convidou o Diretor administrativo do Hospital Santa Lydia, Ariclenes Garcia da Silva a prestar esclarecimentos sobre este fato. 
                Alegando que a tabela IAMSPE pouco difere da tabela SUS, e que o perfil dos pacientes IAMSPE em sua grande maioria são idosos e consequentemente geram um custo mais elevado de medicação e maior período de internação, estava ficando inviável prosseguir com o convênio. Porém nestes argumentos, Dr. Jorge Parada contestou que já era de conhecimento do hospital o perfil dos pacientes do IAMSPE quando foi assinado o contrato, e que a tabela do IAMSPE é, em muitos casos, maior que a do SUS. 
             
                 Ariclenes afirmou também que um dos maiores problemas seria a demanda de pacientes do IAMSPE oriundos de cidades da região, e o hospital sendo de média complexidade, muitas vezes não tem condições de atender casos de alta complexidade, gerando assim o problema de transferir para a rede pública, quando o Hospital do Servidor em São Paulo não os acolhe, pacientes que muitas vezes não tem sequer a matrícula no SUS ou residem em Ribeirão. Em contrapartida o IAMSPE aceita negociar o contrato, e atualizar o valor repassado. Dr. Jorge Parada lembrou, que na época da doação do hospital para o município a prefeita Darcy Vera, assegurou que o hospital iria atender o funcionalismo público estadual.


              O que podemos observar é que existe a preocupação por parte do hospital em buscar recursos financeiros de outras formas para sanar uma dívida que supera R$ 4 milhões.
              Não podemos porém, deixar que uma Fundação do município, tenha uma visão mais de empresa, esquecendo o propósito para o qual foi criada. Mesmo visando a certificação do hospital, para que não perca futuramente os contratos com outros convênios, devemos agora chegar a um consenso e não deixar desassistido grande parte do funcionalismo estadual. E mesmo com uma situação financeira deficitária não é este caminho que deve ser trilhado para equilibrar as contas.

             É louvável o empenho na busca de outros recursos, oferecendo serviços de esterilização e lavanderia a terceiros, porem sem esquecer que a prioridade de um hospital (Fundação) é de atender e amenizar os problemas da saúde pública de Ribeirão Preto.