sábado, 19 de setembro de 2009

ENTRE MAROLAS E TSUNAMIS




Desemprego, recessão, alta do dólar, desequilíbrio nas finanças públicas, altos índices de mortalidade infantil, baixo IDH, sistema previdenciário em crise eram noticias que, em um passado bem recente, faziam parte do café da manhã dos brasileiros.  Vista com desconfiança a ascensão de um retirante à Presidência da República, a leitura de seu bom desempenho à frente do governo via de regra era creditada à “excepcional” situação financeira internacional. Reconhecer que inteligência, perspicácia e tino político são atributos da classe trabalhadora exige a superação de preconceitos que muitos ainda acalentam com carinho. Entretanto, passados sete anos deste governo, as noticias que envolvem o Brasil contrastam com a situação internacional, especialmente, com a daqueles países ditos de primeiro mundo. Com a crise a impactar fortemente suas economias resistem em aplicar em seus territórios as receitas econômicas que, com ares professorais, nos ofereciam.
Na outra ponta, contrariando previsões catastróficas, o Brasil caminha lúcido fortalecendo nosso parque produtivo e inserção no mercado internacional sem, no entanto, descuidar das políticas de distribuição de renda e sociais que, historicamente administrações anteriores, prontamente protelavam ao menor sinal de crise econômica.
A descoberta do Pré-sal não tem nada com casualidade ou sorte como desejariam alguns, tem haver com política pública que privilegiou investimento em tecnologia e valorização do saber acumulado pelos nossos técnicos. Na mesma direção é que se dá o anuncio do crescimento do PIB no segundo trimestre do ano, a retomada dos empregos formais a partir de julho deste ano, a liderança do Banco do Brasil no ranking dos bancos, a difusão da lei do micro empreendedor individual possibilitando o acesso a benefícios sociais e ao credito a milhões de pequenos empreendimentos, a adoção dos novos índices de produtividade da terra pleiteados pelos defensores da reforma agrária, a diminuição da desigualdade social com, a cada ano, milhões de brasileiros inseridos no mercado consumidor deixando para traz a linha da miséria, graças a medidas como o bolsa família entre outras.
De palpável em nossa realidade mais próxima, Ribeirão Preto recebeu recentemente do governo federal investimentos que remontam a mais de R$ 100 milhões, divididos entre obras contra enchentes, habitação popular, reforma da Praça das Bandeiras e do Theatro Pedro II além de inúmeros convênios firmados entre a Prefeitura Municipal e o Governo Federal votados na Câmara Municipal.
Malgrado o discurso de céticos e pessimistas, a experiência do retirante no poder, pragmaticamente, brada, em alto e bom som, que o saber que habilita para o exercício da plena cidadania permeia a sociedade como um todo.
DR. JORGE PARADA
MÉDICO E VEREADOR PT